O que é a Cerimônia da Caneta?

Um pouco de história:
Conhecemos a Educação por Princípios através da Aecep por volta do ano de 2000. Desde que ouvimos sobre esta abordagem educacional, decidimos levá-la a sério e implantá-la na instituição de ensino que dirigíamos. A partir do ano de 2003, ainda que muito carentes de entendimento da profundidade desta visão educacional, nos lançamos a colocar em prática todas as ferramentas da EP. Foram anos de muito esforço e dedicação a esta causa, onde aprendemos muito e vimos grandes avanços acontecerem, pois sem dúvidas, sabemos que o Senhor sempre honrou esta nossa disposição. Foi inspirado no entendimento de uma importante ferramenta de ensino e aprendizagem da Educação por Princípios - os memoriais - que instituímos este momento desde o ano de 2004 à rotina anual dos nossos alunos do 5º ano do Instituto ImagoDei. Sempre iniciávamos a escrita com caneta a partir do segundo semestre do 5º ano como uma preparação para a entrada no Fundamental II no ano seguinte. Com a intenção de ampliar e valorizar um momento que poderia ser ordinário, elevamos o seu significado e pela primeira vez fizemos a Cerimônia da Caneta para marcar este momento na vida dos alunos. O nosso propósito na ocasião, além de prático, era de chamar a atenção dos pais que os seus filhos estavam crescendo e que um mundo de mudanças estava ocorrendo nas suas vidas. A escrita a lápis é mais característica dos aprendizes, pois facilmente pode ser apagada e refeita, ao passo que a escrita à tinta é bem mais permanente e difícil de ser modificada. Esta figura aponta para o fato de que as ações destes meninos e meninas cada vez mais aprofundam as suas consequências e cada escolha feira terá consequências mais sérias. O momento era bem propício para aderir a ele uma forte simbologia de 'passagem' de uma fase para outra destas crianças.
E assim, de modo muito simples fizemos pela primeira vez esta celebração para marcar este significativo momento na vida dos nossos alunos. Desde a primeira vez, a participação dos pais e dos alunos já sinalizava para a relevância deste memorial. Sempre percebíamos como o momento tornava-se quase que mágico e significativo para as crianças. Com o passar dos anos, tornou-se uma data esperada e sempre valorizada na escola.

Cerimônia da Caneta 5° Ano - Ago/2011

Para saber mais:
Ritos de passagem: são celebrações que marcam mudanças de status de uma pessoa no seio de sua comunidade. Os ritos de passagem podem ter caráter religioso, acadêmico e social.
Em todas as sociedades, desde as mais primitivas, determinados momentos na vida de seus membros eram marcados por cerimônias especiais, conhecidas como ritos de iniciação ou de passagem. Essas cerimônias, mais do que representarem uma transição particular para o indivíduo, representavam igualmente a sua progressiva aceitação e participação na sociedade na qual estava inserido, tendo, portanto tanto o cunho individual quanto o coletivo.
Geralmente, a primeira dessas cerimônias era praticada dentro do próprio ambiente familiar, logo em seguida ao nascimento. Nesse rito, o recém-nascido era apresentado aos seus antecedentes diretos, e era reconhecido como sendo parte da linhagem ancestral. Seu nome, previamente escolhido, era então pronunciado para ele pela primeira vez, de forma solene. Alguns anos mais tarde, ao atingir a puberdade, o jovem passava por outra cerimônia.
[Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ritos_de_passagem - consultado em 08/08/2011.]
A "Cerimônia da Caneta" é considerada para os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental como um rito de passagem de uma fase acadêmica para outra. Esta cerimônia é um momento solene que marca a passagem da escrita puramente com lápis, para o início da escrita com caneta.
Como escola cristã e de Educação por Princípios, utilizamos de todas as possibilidades possíveis para tornar momentos ordinários em extraordinários e significativos. Procuramos com isto revestir de significado esta transição e adaptação a escrita com caneta que na nossa escola acontece no segundo semestre do 5º ano. A partir deste momento os alunos serão treinados e encorajados a fazerem os seus registros escolares a caneta deixando para trás a escrita à lápis que fizeram uso até então. A escrita com tinta é mais definitiva, difícil de ser corrigida e isto envolverá mais capricho, precisão e responsabilidade.
Participar desta cerimônia significa parar e observar como as nossas crianças cresceram e estão se tornando mais responsáveis por seus atos e escolhas. A escrita com caneta revela uma nova fase na vida acadêmica e denota que um tempo de maiores responsabilidades para os alunos. Eles precisam saber que as coisas estão ficando mais sérias. Este rito de passagem tem a finalidade de fortalecer a identidade de cada um dos nossos alunos através de uma afirmação de valor e propósito para cada uma delas. Os pais e educadores são convidados a testemunharem este momento e lançarem sobre eles palavras de bênçãos para a nova fase. Este é um momento onde alguns pais também contam as suas historias de família que enchem de graça e significado a ocasião.

Por Rubens Cartaxo


Bibliografia:
Deus está nas pequenas coisas da família Bruce Bickel e Stan Jantz (págs. 29-39)
Formando Cavaleiros para os dias de hoje – Robert Lewis (págs. 113-157)
The Noah Plan - FACE (pág. 80)
Ferramentas da Educação por Princípios - AECEP - Apostila do Curso II (Memoriais)


Aecep - Associação de escolas cristãs de educação por princípios
Instituto ImagoDei

Uma breve reflexão aos pais

Talvez o mais profundo e complexo entre todos os relacionamentos humanos, a simbiose perfeita entre o pai e o filho(a) descrita aqui de maneira tão singular. Em um tempo como este ... onde andará este vínculo tão forte e poderoso para promover vitalidade e direção?

"Corre dentro dele o meu sangue, e ele se firma em meus ossos. Seus olhos se umedecem com meu orvalho, e ele se parece comigo. Ele é minha passagem para a geração seguinte, minha espaçonave para a terra dos jovens. É minha chance de dar apoio, força e solidariedade para uma porção de meu destino. Oferece-me a única oportunidade que tenho de ser para ele tudo o que eu queria que alguém fosse para mim.
Curá-lo é o mesmo que curar a mim mesmo. Amá-lo é
o mesmo que amar a mim mesmo. O processo de impedi-lo de cometer meus erros de algum modo dá propósito a minha dor mais profunda. Suportarei tudo o que for necessário para ajudá-lo a alcançar uma estrela. Ele é como argila quente, esperando para ser moldado num homem. Ele sou eu, meu amigo, meu camarada. Ele é meu filho!
Escolhido por meu coração ou gerado em minhas entranhas, é tudo aquilo que invisto nele hoje para os desafios do amanhã. Que Deus me conceda a graça de paternidade e a sabedoria para ser pai. Sem Deus orientando, ajudando e treinando, não consigo ser o pai que deveria ser
". (T. D. Jakes em Homens sem amarras – Ed.Vida, pág. 138,139)


Quanta cumplicidade não formulada, quanta beleza latente represada, descobri-la e vivê-la é o maior trunfo de um homem. É a estranheza de realizar-se no outro enquanto vê-se formar a sua imagem refletida nele. O pai e o filho! Um vislumbre daquele "... este é o meu filho amado em quem me comprazo" que ainda reverbera no peito dos pais sensíveis de coração. Que filho não o desejaria? (Mt 3:17)

E o nosso folclore?

O folclore enquanto manifestação da individualidade do nosso povo é muito rico e deve ser objeto da nossa atenção. Temos percebido um distan...