Domingo de Páscoa, a ascenção de Jesus e as pipas de Bermudas

Hoje é Domingo de Páscoa! Toda a cristandade por séculos celebra esta data pelo mundo afora. Nosso Senhor ressuscitou e venceu a morte, como nenhum outro jamais. Nas Bermudas (Ilha britânica na América), este dia é comemorado pela população local que vai às ruas empinar pipas como um memorial para lembrar a todos que o nosso Senhor subiu aos céus (Ascenção) na vista de um grupo de vários galileus e nos deixou uma promessa...

..."E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir". Atos 1:9-11
 

Feliz domingo de Páscoa. Porque Ele vive! Subiu ao céu e voltará para buscar os Seus! Eu creio e aguardo a Sua volta!



Nas ilhas Bermudas, território britânico no Atlântico, ninguém sabe ao certo como ou porque a tradição teve início, mas conta-se com frequência sobre um professor que costumava dar uma lição aos seus alunos sobre a ascensão de Cristo ao céu empinando uma pipa, no período da páscoa. Diz-se que em um dado momento o professor cortou a linha da pipa enquanto todos a assistiam subir. Hoje o festival de pipas é ansiosamente esperado pela população das Bermudas que se reúne no período de páscoa para 'soltar' as suas pipas e apreciar esta atividade singular. Imagine a força do ensino de um professor ... inspirou toda uma comunidade!

O Caso da Educação Cristã

O comprometimento do passado é necessário ainda hoje?
Por James K.A. Smith*  /   Tradução: Inez Borges

Historicamente, quando membros da Igreja reformada mudavam-se para uma nova localidade, eles construíam primeiramente uma igreja e, em seguida, uma escola. Nas comunidades por todo o território norte americano, de Ancaster, Ontario, até Bellflower, Califórnia, os sinos das escolas foram levantados ao lado das torres das igrejas. As famílias que se reuniam para adoração aos domingos, viam-se umas às outras durante toda a semana no local da Escola Cristã.
Seria isto apenas uma curiosa e ultrapassada peculiaridade histórica – o modelo de uma comunidade imigrante tentando esculpir pequenas colônias no desconhecido e temível mundo novo? Ou, existe uma conexão mais integral entre a fé reformada e a Educação Cristã?
Se a última afirmação for verdadeira, não seria a Educação Cristã tão importante hoje quanto ela foi nos séculos anteriores?
Cada geração necessita se reapropriar das razões da educação cristã e perguntar-se: “porque é que fazermos isso?” e, “deveríamos continuar fazendo isso?” se a resposta da geração passada não se sustenta hoje, então, talvez nós precisássemos reavaliar nosso apoio à Escola Cristã.

Porque Escolas Cristãs?
Porque as gerações passadas se comprometeram com a Educação Cristã, investindo em escolas que, tão frequentemente, demandavam tanto sacrifício?
Suas razões e motivações eram bíblicas, compreensíveis e radicais. Alicerçados na convicção de que “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria”(Salmo. 111:10), a tradição reformada e a Igreja Cristã Reformada, em particular, tem por muito tempo reconhecido que a liderança cristã se estende sobre todas as esferas da vida, incluindo a Educação. Não existe esfera da vida que seja “neutra”. Ao contrário, nossas práticas e instituições sempre e em última instância foram moldadas por comprometimentos de fé.
Portanto, mesmo que uma instituição defenda a ideia de que é uma instituição “secular”, como se não fosse religiosa, os pensadores reformados como Abraham Kuyper e Nicholas Wolterstorff vêm além e através dessas afirmações: o que se apresenta como neutro ou secular é, de fato apenas outro compromisso de fé.

Instituto ImaDei/Parnamirim/RN - Celebração da Páscoa 2011

A visão da Educação Cristã é radical porque se fundamenta na convicção de que toda e qualquer educação está enraizada em alguma cosmovisão, ou seja, alguma constelação de crenças finais. Portanto, é importante que a educação e formação dos cristãos esteja enraizada em Cristo (Col. 2:7) – enraizada e nutrida por uma cosmovisão cristã que permeia todo o currículo.
O compromisso da escola Cristã surge e se desenvolve do senso de que confessar que “Jesus é Senhor” tem um impacto radical em como nós vemos cada aspecto da boa Criação de Deus. O currículo da escola cristã deve habilitar a criança a aprender sobre todas as coisas – de álgebra a zigotos- através das lentes da fé cristã.

O que a Educação Cristã não é?
Primeiro, a educação cristã não foi planejada para ser meramente “segura!” O fator motivador para fazer escolas cristãs não deve ser uma preocupação protecionista, dirigido  pelo medo, com o objetivo de livrar a criança do mundo grande e mau. A escola cristã não é planejada para ser uma bolha de moral ou santidade onde a criança é encorajada a enfiar a cabeça na areia. Pelo contrário, a escola cristã é chamada para ser como Aslarn nas Crônicas de Nárnia: não segura, mas boa. Em lugar de bolhas morais anticépticas, as escolas cristãs são incubadoras morais que ajudam os estudantes não apenas a ver a glória de Deus na criação, mas também a discernir e entender o estado de queda no qual esta criação caiu e no qual permanece.
Enquanto a sala de aula cristã oferece espaço para apreciar a assombrosa complexidade da Biologia Celular e a rica diversidade das culturas mundiais, ela é também um lugar para a compreensão da injustiça sistemática por trás do racismo e da pobreza macrocósmica.
Escolas cristãs não são lugares para preservar uma inocente imaturidade; elas são laboratórios para crianças que veem que nosso mundo caído está cheio de viúvas  e órfãos e estranhos aos quais nós somos chamados a acolher e amar.
Em resumo, escolas cristãs não significam a remoção para fora do mundo, elas são lentes e microscópios através dos quais nós vemos o mundo e toda a sua beleza danificada.

Segundo – as escolas cristãs não são apenas classes bíblicas. O currículo das escolas cristãs não é o currículo da escola pública somado a alguns cursos de religião. Enquanto a educação cristã não aprofunda o conhecimento do mundo de Deus, não é a classe bíblica que torna a escola cristã.
Em vez disso, a visão reformada de educação cristã enfatiza que o currículo inteiro é moldado e nutrido pela fé em Jesus Cristo, “porque por meio Dele todas as coisas foram criadas: tanto as do céu como as da terra, as visíveis e as invisíveis; sejam tronos ou poderes, governos ou autoridades; todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele. Ele é antes de todas as coisas e Nele todas as coisas subsistem. (Col. 1:16-17). Escolas cristãs não são apenas extensão da Escola Dominical focada em aprender religião; ela são instituições educacionais, enraizadas em Cristo e focadas no aprendizado.

Terceiro – a educação Cristã não é meramente educação “privada”. Escolas cristãs não são planejadas para serem redutos da elite. Na medida em que as escolas cristãs se tornam meras escolas preparatórias, elas falham em cumprir a radical e bíblica vocação cristã para a educação.  No documento intitulado “Nosso Mundo pertence a Deus – um testemunho contemporâneo” isto é expresso na confissão de que: Na educação nós procuramos honrar ao Senhor promovendo escolas e ensinando que a luz da sua Palavra brilha em todo aprendizado onde os estudantes, em qualquer área, são tratados como pessoas que carregam em si a imagem de Deus e que tem um lugar em Seu plano. Isto nos traz de volta às características cruciais desta visão de Educação Cristã, ao mesmo tempo em que a decisão sobre a educação cristã repousa sobre a família, ela envolve toda uma comunidade.

Fazer Educação Cristã custa a “Vila” toda.
A educação cristã requer comprometimento da comunidade inteira. Para nutrir a visão, para formar os professores a para ajudar a dividir os custos e os riscos.
As comunidades cristãs reformadas têm compreendido, há muito tempo, que o compromisso com as escolas cristãs deve ser uma expressão das promessas que fazermos no batismo, ou seja, sermos “comunidade’ ou “vilas” que dão suporte à formação e educação das nossas crianças. Isso significa que, em uma tangível expressão da “Economia do Reino” (ver Atos 4:32-36), a comunidade inteira deve dividir o fardo da escola cristã.
As gerações mais velhas devem suportar as mais novas, fornecendo recursos para a Educação Cristã em gratidão pelas gerações anteriores que fizeram o mesmo.  Apenas tal economia de compartilhar o dom pode tornar possível para a educação cristã ser uma benção para todos da comunidade.
Sejamos honestos: a escola cristã é um investimento elevado, é uma aventura de trabalho intensivo. Ela requer sacrifício a escolhas difíceis. E é também, de forma crescente, contracultural perseguir tal visão. Mas, quando levada adiante no melhor espírito da tradição reformada, quando a educação cristã é um currículo intencional, intensivo e formativo, direcionado para moldar os jovens como agentes e embaixadores do Reino vindouro de Cristo, o investimento prova ser uma mordomia sábia.
Dessa forma, podemos afirmar que a Educação Cristã não é mera reminiscência do passado.  Ela efervesce da própria natureza da Igreja como uma comunidade em Aliança. É uma expressão das convicções centrais da tradição reformada. E nós podemos precisar dela agora, mais do que nunca.

Para discussão:
1. Você frequentou escola cristã ou uma escola pública quando era criança? Qual a influência duradoura que a escola exerceu em sua vida?
2. Alguns críticos dizem que a escola cristã coloca a criança em uma bolha moral e cultural. Como uma escola cristã pode ser “não segura, mas boa”, ensinando as crianças como viver sua fé no meio das complexidades do mundo real?
3. Como você entende a visão da educação cristã reformada?
4. Você concorda que a Escola Cristã “custa uma vila?” Como você ou sua Igreja contribui para a Educação Cristã das crianças?
5. O que nossas crianças necessitam agora, mais do que nunca?

* James K.A. Smith teaches philosophy and theology at Calvin College in Grand Rapids, MI, having previously taught at Loyola Marymount University in Los Angeles. He has been a visiting professor at Fuller Seminary, Reformed Theological Seminary in Orlando and Regent College in Vancouver, BC. Originally trained in philosophical theology and contemporary French philosophy, Smith's work is focused on cultural criticism informed by the Christian theological tradition. His more popular writing has also appeared in magazines such as the Christian Century, Christianity Today, First Things, Harvard Divinity Bulletin, and others. 





Texto inicialmente publicado através do site: http://www.aecep.com.br/artigos e republicado aqui na íntegra.

O que não faltar em uma boa escola?

Um bonito pé de ‘pau brasil’, planta símbolo da nossa nação;
Um mastro onde a nossa bandeira pudesse ser hasteada uma vez por semana diante dos alunos;

Uma grande e bonita ‘rosa dos ventos’ desenhada no chão da escola (ajustada ao norte geográfico, claro);
Uma ‘linha do tempo’ da história mundial(se tiver Fund. II), um linha do tempo da história do Brasil e da sua cidade; (bem apresentada, significativa e com recursos artísticos)
Alguns mapas bem grandes do mundo, do Brasil, da sua região ... pelos corredores da escola;
Um quadro com sua declaração de missão, valores e propósito; fotos das pessoas que fazem a escola ... fotos históricas ... do que aconteceu ali;
Muitas plantas ... muitas plantas e se possível ... um jardim;
Obras de arte ... por todos os lados ... beleza ... poesia e cores;
Muitos livros ... muitos quadros ... muitas frases ...Um lugar pra lanchar limpo, organizado e sem estresse;
Banquinhos para sentar e conversar;
Um bebedouro sempre limpo e com água geladinha;
Um grande espelho no banheiro das meninas;
Um lugar para jogar bola ...
E para se tornar quase ‘um sonho de escola’, uma alegre diretora que no portão recebesse as crianças com alegria e as abençoasse na saída (ou pelo menos um porteiro alegre e feliz que cumprimente a todos com educação);


Obs.: Claro que existem muitas outras coisas que não deveriam faltar em uma boa escola, mas neste momento quis apenas trazer a mente coisas menos convencionais, para aqueles que ainda pensam que escola boa é aquela que tem uma sala climatizada com um quadro branco e carteiras modernas. Sem falar no clima da instituição, sua proposta, currículos, métodos etc. Estes seriam itens para outra lista.

Para pensar ... Onde estamos e para onde queremos ir?

Horace Mann é geralmente considerado o pai da educação moderna, pois foi ele que trabalhou ativamente em sua posição de secretário do Conselho de Educação, em Massachusetts, nos anos de 1830 e 1840 a fim de organizar um sistema escolar centralizado e controlado pelo Estado, com recursos oriundos dos impostos sobre a propriedade privada. Mann foi, porém, influenciado principalmente pelas ideias do reformador social britânico, Robert Owen. Owen escreveu extensamente sobre a transformação da sociedade, a fim de libertá-la do que considerava a influência restritiva da religião. O que segue é uma amostra de suas ideias, escrita por Owen no Free Enquirer de 4 de agosto de 1832:

"Você pergunta onde ponho a minha fé, se as responsabilidades religiosas forem aniquiladas? Na bondade humana. Você pergunta o que proponho como substituto para a religião? Cultivar as nobres faculdades da mente humana...
Devemos ensinar integridade às crianças e teremos homens e mulheres honestos... Devemos transmitir fatos a elas em lugar da espiritualidade, bons hábitos em vez de longos sermões, as verdades da ciência e não os mistérios dos credos, a bondade em lugar do medo e a liberalidade substituindo a intolerância... Eu não criaria preconceitos numa criança contra qualquer religião nem a favor. Simplesmente não falaria sobre o assunto. Ela deveria aprender primeiro o que pode ver e compreender: seu julgamento deveria ser cuidadosamente amadurecido e seus poderes de raciocínio diligentemente cultivados."

Acho que o sistema educacional brasileiro seguiu bem direitinho esta cartilha, não é mesmo? Veja onde chegamos. Esta charge representa muito bem o espírito da BNCC. (parece até sigla de banco, mas não é, trata-se da Base Nacional Comum Curricular)





Do livro: Reinos em Guerras - Bill Bright e Ron Jenson, Ed. Candeia, 1993. (pág.168)

Gratidão - a força motriz da graça para com o próximo

Por ocasião da passagem do Dia de Ações de Graças (veja no final mais detalhes sobre este dia) convém refletirmos um pouco sobre este sentimento resultante da gratidão.

Definições:
Gratidão: Uma emoção do coração, animada por um favor ou benefício recebido; um sentimento de bondade ou boa vontade para com um benfeitor; agradecimento. A gratidão é uma emoção agradável, que consiste ou acompanha uma disposição de boa vontade para com um benfeitor, e uma inclinação para fazer um retorno adequado de benefícios ou serviços.
Quando este retorno não puder ser feito,  é legítimo também o sentimento que brota do desejo de ver o benfeitor próspero e feliz.
A gratidão é uma virtude da mais alta excelência, já que implica em um sentimento que brota de um coração generoso e de um bom senso de dever para com o outro. "O amor de Deus deve ser a mais sublime inspiração de gratidão".       [Dicionário de Webster 1828]

Ação: disposição para agir; atividade, energia, movimento. Força para fazer alguma coisa.

Graça: favor que se dispensa ou recebe; dádiva; boa vontade para com (alguém); benevolência, estima. Ação de agradecer; agradecimento(s), reconhecimento.

Ações de graça: disposição para favorecer alguém. Movimentar-se para abençoar outrem que não seria merecedor. Força para fazer com outros o que também recebeu sem merecer. Energia gerada pelo sentimento de gratidão em direção ao próximo.

Textos bíblicos:
A caminho de Jerusalém, Jesus passou pela divisa entre Samaria e Galiléia. Ao entrar num povoado, dez leprosos dirigiram-se a ele. Ficaram a certa distância e gritaram em alta voz: "Jesus, Mestre, tem piedade de nós! " Ao vê-los, ele disse: "Vão mostrar-se aos sacerdotes". Enquanto eles iam, foram purificados. Um deles, quando viu que estava curado, voltou, louvando a Deus em alta voz. Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. Este era samaritano. Jesus perguntou: "Não foram purificados todos os dez? Onde estão os outros nove?  Lucas 17:11-17
“Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”. 1 Tessalonicenses 5:18

Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos. Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações. Colossenses 3:15-16

REFLEXÕES
- A gratidão nos vacina contra o orgulho, altivez, prepotência, soberba, individualismo. Não mereço, mas recebo é este o sentimento de quem é grato.
- Ações de graça é o resultado de um coração grato. Um coração agradecido gera mais favor para os outros; nas duas pessoas, tanto que recebe quanto em quem oferece. Ela abre portas!
- Nos livra das inquietações da alma(sentimento de insaciedade, de murmuração, de inveja); É rica em contentamento.
- Ser grato nos faz mais dependentes um do outro.
- Existe um alerta na Palavra que  nos últimos dias as pessoas seriam ingratas. Elevada insensibilidade para com o outro. II TM 3:1-5.

Isto nos faz lembrar do Hino clássico do movimento evangélico no Brasil: "As Muitas Bênçãos" - nº 63 do Hinário Novo Cântico.
"Conta as bênçãos, dize-as quantas são. Recebidas da divina mão. Uma a uma. Dize-as de uma vez. E hás de ver surpreso o quanto Deus já fez". (veja toda a letra)

SÍNTESE HISTÓRICA
A virtude da gratidão está em toda a Bíblia. É próprio das almas nobres agradecer sempre e por todas as coisas. O salmista exclama: "Bom é render graças ao Senhor..." E outra vez: "Entrai
por suas portas com ações de graças..." (Sl 92.1 e 100.4). Assim, o render graças a Deus , é tão antigo quanto a humanidade. Vem dos tempos bíblicos e reflete-se ao longo da história.
O costume do "Dia de Ação de Graças" vem dos Estados Unidos. Em 1620, saindo da Inglaterra, singra os mares o "Mayflower", levando a bordo muitas famílias. São peregrinos puritanos que, fugindo da perseguição religiosa, vão buscar a terra da liberdade. Chegando ao continente americano, fundam treze colônias, semente e raiz dos Estados Unidos da América do Norte. O primeiro ano foi doloroso e difícil para aquelas famílias. O frio e as feras eram fatores adversos. Não desanimaram. Todos tinham fé em Deus e nas suas promessas. Cortaram árvores, fizeram cabanas de madeira, e semearam o solo, confiantes. Os índios, conhecedores do lugar, ensinaram a melhorar a produção. E Deus os abençoou. No outono de 1621, tiveram uma colheita tão abençoada quanto abundante. Emocionados e sinceramente agradecidos, reuniram os melhores frutos, e convidaram os índios, para juntos celebrarem uma grande festa de louvor e gratidão a Deus. Nascia o "Thanksgiving Day", celebrado até hoje nos Estados Unidos, na quarta quinta-feira de novembro, data estabelecida pelo Presidente Franklin D. Roosevelt, em 1939, e aprovada pelo Congresso em 1941. (ver mais: Dia Nacional de Ações de Graça )
O embaixador brasileiro Joaquim Nabuco, participando, em Washington, da celebração do Dia Nacional de Ação de Graças, falou em tom profético: "Eu quisera que toda a humanidade se unisse, num mesmo dia, para um universal agradecimento a Deus". Estas palavras moveram consciências no Brasil. No governo do Presidente Eurico Gaspar Dutra, o Congresso Nacional aprovou a Lei 781, que consagrava a última quinta-feira do mês de novembro como o Dia Nacional de Ação de Graças.
Porém, em 1966, o Marechal Humberto Castelo Branco modificou esta Lei, dizendo que não a última, mas a quarta quinta-feira do mês de novembro seria o Dia Nacional de Ação de Graças, para coincidir com esta celebração em outros países.
Sim, aquelas palavras de Joaquim Nabuco, grande estadista brasileiro, encontraram eco em muitos corações. Hoje, são muitas as comunidades que, como num grande coro universal de gratidão a Deus, celebram nacionalmente o Dia de Ação de Graças, na quarta quinta-feira de novembro.

Precisamos educar para uma cultura da gratidão. Este estilo de vida deve ser encorajado no ambiente escolar. Em tudo e por tudo devemos dar graças a Deus, pois quem é grato a Deus sabe ser grato ao próximo.

O que é a Cerimônia da Caneta?

Um pouco de história:
Conhecemos a Educação por Princípios através da Aecep por volta do ano de 2000. Desde que ouvimos sobre esta abordagem educacional, decidimos levá-la a sério e implantá-la na instituição de ensino que dirigíamos. A partir do ano de 2003, ainda que muito carentes de entendimento da profundidade desta visão educacional, nos lançamos a colocar em prática todas as ferramentas da EP. Foram anos de muito esforço e dedicação a esta causa, onde aprendemos muito e vimos grandes avanços acontecerem, pois sem dúvidas, sabemos que o Senhor sempre honrou esta nossa disposição. Foi inspirado no entendimento de uma importante ferramenta de ensino e aprendizagem da Educação por Princípios - os memoriais - que instituímos este momento desde o ano de 2004 à rotina anual dos nossos alunos do 5º ano do Instituto ImagoDei. Sempre iniciávamos a escrita com caneta a partir do segundo semestre do 5º ano como uma preparação para a entrada no Fundamental II no ano seguinte. Com a intenção de ampliar e valorizar um momento que poderia ser ordinário, elevamos o seu significado e pela primeira vez fizemos a Cerimônia da Caneta para marcar este momento na vida dos alunos. O nosso propósito na ocasião, além de prático, era de chamar a atenção dos pais que os seus filhos estavam crescendo e que um mundo de mudanças estava ocorrendo nas suas vidas. A escrita a lápis é mais característica dos aprendizes, pois facilmente pode ser apagada e refeita, ao passo que a escrita à tinta é bem mais permanente e difícil de ser modificada. Esta figura aponta para o fato de que as ações destes meninos e meninas cada vez mais aprofundam as suas consequências e cada escolha feira terá consequências mais sérias. O momento era bem propício para aderir a ele uma forte simbologia de 'passagem' de uma fase para outra destas crianças.
E assim, de modo muito simples fizemos pela primeira vez esta celebração para marcar este significativo momento na vida dos nossos alunos. Desde a primeira vez, a participação dos pais e dos alunos já sinalizava para a relevância deste memorial. Sempre percebíamos como o momento tornava-se quase que mágico e significativo para as crianças. Com o passar dos anos, tornou-se uma data esperada e sempre valorizada na escola.

Cerimônia da Caneta 5° Ano - Ago/2011

Para saber mais:
Ritos de passagem: são celebrações que marcam mudanças de status de uma pessoa no seio de sua comunidade. Os ritos de passagem podem ter caráter religioso, acadêmico e social.
Em todas as sociedades, desde as mais primitivas, determinados momentos na vida de seus membros eram marcados por cerimônias especiais, conhecidas como ritos de iniciação ou de passagem. Essas cerimônias, mais do que representarem uma transição particular para o indivíduo, representavam igualmente a sua progressiva aceitação e participação na sociedade na qual estava inserido, tendo, portanto tanto o cunho individual quanto o coletivo.
Geralmente, a primeira dessas cerimônias era praticada dentro do próprio ambiente familiar, logo em seguida ao nascimento. Nesse rito, o recém-nascido era apresentado aos seus antecedentes diretos, e era reconhecido como sendo parte da linhagem ancestral. Seu nome, previamente escolhido, era então pronunciado para ele pela primeira vez, de forma solene. Alguns anos mais tarde, ao atingir a puberdade, o jovem passava por outra cerimônia.
[Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ritos_de_passagem - consultado em 08/08/2011.]
A "Cerimônia da Caneta" é considerada para os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental como um rito de passagem de uma fase acadêmica para outra. Esta cerimônia é um momento solene que marca a passagem da escrita puramente com lápis, para o início da escrita com caneta.
Como escola cristã e de Educação por Princípios, utilizamos de todas as possibilidades possíveis para tornar momentos ordinários em extraordinários e significativos. Procuramos com isto revestir de significado esta transição e adaptação a escrita com caneta que na nossa escola acontece no segundo semestre do 5º ano. A partir deste momento os alunos serão treinados e encorajados a fazerem os seus registros escolares a caneta deixando para trás a escrita à lápis que fizeram uso até então. A escrita com tinta é mais definitiva, difícil de ser corrigida e isto envolverá mais capricho, precisão e responsabilidade.
Participar desta cerimônia significa parar e observar como as nossas crianças cresceram e estão se tornando mais responsáveis por seus atos e escolhas. A escrita com caneta revela uma nova fase na vida acadêmica e denota que um tempo de maiores responsabilidades para os alunos. Eles precisam saber que as coisas estão ficando mais sérias. Este rito de passagem tem a finalidade de fortalecer a identidade de cada um dos nossos alunos através de uma afirmação de valor e propósito para cada uma delas. Os pais e educadores são convidados a testemunharem este momento e lançarem sobre eles palavras de bênçãos para a nova fase. Este é um momento onde alguns pais também contam as suas historias de família que enchem de graça e significado a ocasião.

Por Rubens Cartaxo


Bibliografia:
Deus está nas pequenas coisas da família Bruce Bickel e Stan Jantz (págs. 29-39)
Formando Cavaleiros para os dias de hoje – Robert Lewis (págs. 113-157)
The Noah Plan - FACE (pág. 80)
Ferramentas da Educação por Princípios - AECEP - Apostila do Curso II (Memoriais)


Aecep - Associação de escolas cristãs de educação por princípios
Instituto ImagoDei

Uma breve reflexão aos pais

Talvez o mais profundo e complexo entre todos os relacionamentos humanos, a simbiose perfeita entre o pai e o filho(a) descrita aqui de maneira tão singular. Em um tempo como este ... onde andará este vínculo tão forte e poderoso para promover vitalidade e direção?

"Corre dentro dele o meu sangue, e ele se firma em meus ossos. Seus olhos se umedecem com meu orvalho, e ele se parece comigo. Ele é minha passagem para a geração seguinte, minha espaçonave para a terra dos jovens. É minha chance de dar apoio, força e solidariedade para uma porção de meu destino. Oferece-me a única oportunidade que tenho de ser para ele tudo o que eu queria que alguém fosse para mim.
Curá-lo é o mesmo que curar a mim mesmo. Amá-lo é
o mesmo que amar a mim mesmo. O processo de impedi-lo de cometer meus erros de algum modo dá propósito a minha dor mais profunda. Suportarei tudo o que for necessário para ajudá-lo a alcançar uma estrela. Ele é como argila quente, esperando para ser moldado num homem. Ele sou eu, meu amigo, meu camarada. Ele é meu filho!
Escolhido por meu coração ou gerado em minhas entranhas, é tudo aquilo que invisto nele hoje para os desafios do amanhã. Que Deus me conceda a graça de paternidade e a sabedoria para ser pai. Sem Deus orientando, ajudando e treinando, não consigo ser o pai que deveria ser
". (T. D. Jakes em Homens sem amarras – Ed.Vida, pág. 138,139)


Quanta cumplicidade não formulada, quanta beleza latente represada, descobri-la e vivê-la é o maior trunfo de um homem. É a estranheza de realizar-se no outro enquanto vê-se formar a sua imagem refletida nele. O pai e o filho! Um vislumbre daquele "... este é o meu filho amado em quem me comprazo" que ainda reverbera no peito dos pais sensíveis de coração. Que filho não o desejaria? (Mt 3:17)

E o nosso folclore?

O folclore enquanto manifestação da individualidade do nosso povo é muito rico e deve ser objeto da nossa atenção. Temos percebido um distan...